quarta-feira

Volta, meu coração


Sinto a ferida a doer, mas não a vejo, por isso não a posso tratar. Gostava de saber em que parte me afectou, mas não sei. A única coisa que sei foi o que o fez e continua a fazer. Contudo, também não sei se foi uma lança, um tiro, uma seta... ou talvez umas simples e cruéis palavras com a companhia de uma fria fuga, marcada com saudade e silêncio. Sim, veio da força das palavras, foram bruscas demais.
Afinal, sei o sitio onde se fez a ferida... mas isso não faz mudar nada, pois parece não querer curá-la por mim, ou deixar que o tempo se encarregue dela. Foi no coração. Desculpa coração, prometo que nunca mais te faço passar pelo mesmo, agora fico apenas eu a tratar de ti. Quem achei que sabia tomar conta de ti, não o mostra, por mais que o deseje. Mas agora, não te limites apenas a bater sem sentido.
Volta, meu coração.

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