sexta-feira


Devia ser fácil largar, como tão fácil foi te olhar e me apaixonar. Incrível essa tua maneira que depressa fizeste do meu coração tua casa. A ti me obrigas-te, me empurras-te para os teus braços para teu peito, e não me ensinas-te o caminho de volta - Que viagem sem destino. Vimos pousar nas nossas mãos o maior amor, a imagem quimérica de um amor perfeito. Mas, dolorosamente impuseste mudanças ao que estava numa fase de crescimento e os momentos são agora meros sonhos, meros desejos não partilhados... Na verdade, creio que nunca tiveste certo do bem que me fizeste, na necessidade que sentia de te ter bem perto, da maneira como em ti encontrei tudo aquilo que ansiosamente procurava e queria. Amei a ilusão, decerto a mais agradável de saborear, amei a imagem do que seria o perfeito e de facto foi, por meros instantes. O meu peito ficou inundado nesse encanto ao qual me rendi, prende-me a ti. Impossível tornou-se não lembrar, não as reviver, não as sentir as vezes que toquei a tua alma, tão remota que me leva a duvidar da sua existência que corroía meu ser, já ele tão exíguo.  


P.s: Quem és tu na verdade ? 

4 comentários:

carla disse...

ainda bem que gostaste! escreves muito bem, parabéns :)

Cleo. disse...

oh, muito obrigada (:

Rita J. disse...

o teu blog está lindo. segui

S' disse...

escreves bem, e a verdade. Gosto :D