quarta-feira


Tentativas nunca me faltaram. Eu tento e procuro falar de ti como quem te berra, te chama, te grita na esperança de ouvires estas minhas vozes, como quem te afoga em lágrimas, te mata entre o peito, aberto em ferida, sem crosta. Eu sei que há alguma coisa errada neste sentido, talvez não ter absolutamente sentido nenhum. Acredito que a qualquer instante romperás este silêncio, este vazio que se acomodou a este meu peito que apenas quer tocar a tua alma, tão remota que me leva então a duvidar da sua existência. Com o passar do tempo e o encolher do espaço, eu apenas me expiro e faço-me outra, a mesma, a que ao falar de ti se faz doer e ao mesmo tempo saborear uma utopia efémera.

As certezas que tua voz grava ao meu ouvido eu guardo aqui, onde te (man)tenho.


2 comentários:

Anónimo disse...

Senti todas as palavras que escreves. Ler o que escreves, é como entrar no teu pensamento,quase que sento o mesmo...

Um Beijo

Anónimo disse...

Irei acompanhar-te. Beijo
Anónimo