Lua cheia

É noite e apresenta-se á mesma magnifica por intermédio de risos entre as estrelas. O sopro silencioso do vento fraco arrefecia qualquer um que passasse ali. Até na minha varanda, onde os meus olhos fixam toda a magia, o mistério, a ousadia, a ternura que acorrentas nessa luz prateada. Mostras as fases que em mim reside onde semeio as luzes mais puras nos corações, as tristezas mais secretas onde guardarei a minha juventude por séculos de virtude. Todos os astros do mundo moram agora no meu coração conservando cada pedaço de repleta alegria. Moras na noite porque ela é distante onde reinam os sonhos, o imaginário e não queres ver as injustiças mais cruéis que o dia faz ver. Mas eu estou aqui sozinha contigo. Alaga agora meus olhos no teu fascínio, nessa intensa luz, embalando-me com carência. Viajarei contigo, nesta noite escura, quente pendurada às reencarnações. A minha respiração serão estas linhas que estas a ler e o meu lugar é a minha varanda que faço um planeta junto de ti. Podemos ser cúmplices deste silêncio e trocar desejos desses bem impetuosos por realizar, desenhar sonhos pois ainda temos a vida até ao infinito. Amanha também podia ser noite e não partias desse modo suave, numa brisa calma. Pareces uma espécie de amor ai pendurado, diante de mim e nós de pele perfumada da mesma felicidade das estrelas. Por enquanto, permaneço como tu, nestas horas em que não piso o chão, apenas o céu.

Qual constelação me ampara mais que tu, mesmo que seja só por uma noite. Vou guardar-te em segredo! És Lua cheia de esperança, de amor, de magia, de verdade.
(Foi noite de Lua cheia)