quarta-feira

O meu castigo é essa palavra, o amor.
Vivo num amor platónico que me impede de me apaixonar por outros corações, embora um dia tenha sido a minha maior realidade. Contudo, prefiro esconder a dor, escolho a hipótese de não a acordar a todos os segundos e mesmo assim o esquecimento não é eterno, o esquecer esgota-se. Jamais irei alterar os ideais que me acompanham desde o berço e por isso, nunca aceito as derrotas de cabeça erguida, porque que desta vez tinha de ser diferente?
Porém, já passou tanto tempo e a chama continua acesa. O esconder mora agora em mim. Estou farta de agarrar o vazio do ar ofuscante cada vez que anseio a tua presença mas nunca foste merecedor da realidade que vivias, ainda assim deixaste-a escapar pelos dedos como areia fina. Há uma altura em que os minutos que te perdi já foram mais aos do que te tive e cansei de me pisar para chegar a ti fazendo de minha alma degraus para no fim de contas bater de frente com a tua indiferença. Tento afundar tudo em meras palavras para que atenue a tua ausência que por mais que as releias não entenderás que a mensagem se dirige a ti.

 

5 comentários:

Vanessa ൪ disse...

Adorei *

Say Cheese disse...

De nada meu bem :)

*Katta* disse...

Por vezes, o facto de algo não ser tão duradouro como gostaríamos, não significa que as memórias de tudo o que se passou se desvaneçam tão rápido como desejávamos...
No entanto, há que ter uma certa esperança que o tempo vai ajudar a curar as feridas, atenuar as saudades... e que muito lentamente se consiga diminuir a chama desse amor que consome o coração a cada dia que passa.

*Gostei do texto :)

Áries disse...

que linda!

Anónimo disse...

és linda!